terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cronologia

1839
Nasce a 21 de junho, no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis, filho de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis, moradores no morro do Livramento, ele brasileiro, da mesma cidade, ela portuguesa, da Ilha de São Miguel. Pouco se sabe de sua infância: cedo perdeu a mãe e a única irmã; foi amparado, até o segundo casamento do pai, pela madrinha, uma senhora abastada.

1855
De 12 de janeiro desse ano, data da publicação de seu primeiro poema, Ela, até 3 de maio de 1861, colabora na Marmota Fluminense de Paula Brito.

1856
Admitido como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, exerce o ofício até 1858.

1858
Encontra no Padre Antônio José da Silveira Sarmento, cura da Capela de S. João Batista, do palácio imperial de São Cristóvão, um professor gratuito. Passa a revisor de provas de Paula Brito. De 11 de abril desse ano até, pelo menos, 26 de junho do seguinte, escreve em O Paraíba, de Petrópolis. Por esse tempo auxilia o escritor francês Charles de Ribeyrolles na tradução de O Brasil Pitoresco. De 25 de outubro desse ano até, pelo menos, 1 de março de 1868, colabora, com bastante irregularidade, no Correio Mercantil, do qual fora revisor de provas.

1859
Estréia como crítico teatral na revista O Espelho; nela figura, com produções várias, do n.1, de 4 de setembro desse ano, ao n.18, provavelmente o último, de 1 de janeiro de 1860.

1860
Convidado para redator do Diário do Rio de Janeiro, que, em segunda fase, reaparece em 25 de março, exerce o lugar até março de 1867. Esporadicamente, escreve ainda no Diário até 30 de julho de 1869. De 16 de dezembro desse ano até, pelo menos 4 de julho de 1875, inclui-se entre os redatores de A Semana Ilustrada, que surge naquela data.

1861
Publica Desencantos (comédia) e Queda que as Mulheres tem para os Tolos (sátira em prosa).

1862
Admitido, a 31 de dezembro, como sócio do Conservatório Dramático Brasileiro, exerce as funções de auxiliar da censura. De 15 de setembro desse ano até 1 de julho do seguinte, figura em todos os números da revista O Futuro.

1863
Publica o Teatro de Machado de Assis, volume que se compõe de duas comédias, O Protocolo e O Caminho da Porta. De julho desse ano a dezembro de 1878, com interrupção em 1867 e 1868, é constante a sua colaboração no Jornal das Famílias, ao qual dá de preferência contos.

1864
Vai até a Barra do Piraí, trecho então recente da Estrada de Ferro D.Pedro II. Publica seu primeiro livro de versos, Crisálidas.

1866
Publica Os Deuses de Casaca (comédia). Publica no Diário do Rio de Janeiro a sua tradução do romance Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, que publica em livro no mesmo ano.

1867
Agraciado com a Ordem da Rosa, no grau de cavaleiro. Nomeado, a 8 de abril, ajudante do diretor do Diário Oficial, exerce o cargo até 6 de janeiro de 1874.

1868
Através de José de Alencar conhece o jovem poeta Castro Alves.

1869
Casa-se, a 12 de novembro, com Carolina Augusta Xavier de Novais, moça portuguesa havia pouco chegada ao Brasil, onde residiam seus irmãos.

1870
Começa, a 23 de abril, a publicar no Jornal da Tarde uma tradução, logo interrompida , do romance Olivier Twist, de Dickens. Publica Falenas (poesia) e Contos Fluminenses.

1871
É nomeado, a 4 de janeiro, membro do Conservatório Dramático, recentemente reorganizado.

1872
Publica Ressurreição (romance). Faz parte do Comissão do Dicionário Marítimo Brasileiro.

1873
Publica Histórias da Meia-Noite e a tradução de Higiene para uso dos Mestres-Escolas, do Dr. Gallard. É nomeado, a 31 de dezembro, primeiro-oficial da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

1874
De 26 de setembro a 3 de novembro, publica, em O Globo, o romance A Mão e a Luva, editado em livro no mesmo ano.

1875
Publica Americanas (poesia)

1876
De julho desse ano a abril de 1878, escreve em todos os números da revista Ilustração Brasileira. De 6 de agosto a 11 de setembro, publica em O Globo o romance Helena, editado no mesmo ano. É promovido, em 7 de dezembro, a chefe de seção da Secretaria de Agricultura.

1878
De 1 de janeiro a 2 de março publica, em O Cruzeiro, o romance Iaiá Garcia, editado no mesmo ano. Sua colaboração nesta revista continua até 1 de setembro. Entra, a 27 de dezembro, em licença, e segue, doente, para Friburgo, onde fica até março de 1879.

1879
De junho desse ano a dezembro do seguinte, escreve na Revista Brasileira (fase Midosi), e nela publica, entre outros trabalhos, o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (de 15 de março a 15 de dezembro de 1880). De 15 de julho desse ano até, pelo menos, 31 de março de 1898, es creve na revista A Estação, onde publica, entre outros trabalhos, o romance Quincas Borba (de 15 de junho de 1886 a 15 de Setembro de 1891).

1880
Entra, a 6 de fevereiro, em licença de um mês, por estar sofrendo dos olhos. Designado, a 28 de março, oficial-de-gabinete do Ministro da Agricultura, Manuel Buarque de Macedo, exerce as mesmas funções com o sucessor deste, Pedro Luís Pereira de Sousa. É representada, no teatro de D. Pedro II, a comédia Tu só, tu, Puro Amor..., por ocasião das festas organizadas pelo Real Gabinete Português de Leitura para comemorar o tricentenário de Camões, e para essa celebração especialmente escrita. Foi publicada, em livro, no ano seguinte.

1881
Publica em livro as Memórias Póstumas de Brás Cubas. De 18 de dezembro desse ano até 28 de fevereiro de 1897, escreve com assiduidade na Gazeta de Notícias; esporádica, a sua colaboração alcança o número de 2 de junho de 1904. Entre outras seções, redige A Semana (crônicas).

1882
Publica Papéis Avulsos (contos). Entra, a 5 de janeiro, em licença de três meses, para tratar-se fora do Rio.

1884
Publica Histórias sem Data.

1886
Sai o volume Terras, Compilação para Estudo, por ele redigido.

1888
É elevado a oficial da Ordem da Rosa. Desfila, a 20 de maio, no préstito organizado para celebrar a Abolição.

1889
É promovido, em 30 de março, a diretor da Diretoria de Comércio, na Secretaria da Agricultura.

1890
Vai, em companhia de Carolina e dos Barões de Vasconcelos, visitar as fazendas da Companhia Pastoril Mineira, em Sítio e Três Corações.

1891
Publica em livro o romance Quincas Borba.

1892
Passa, em 3 de dezembro, a diretor-geral do Ministério da Viação.

1895
De dezembro desse ano a outubro de 1898, escreve na Revista Brasileira (fase Veríssimo).

1896
Publica Várias Histórias. Aclamado, em 15 de dezembro, para dirigir a primeira sessão preparatória da fundação da Academia Brasileira de Letras, tem parte preponderante na criação desse instituto que preside até morrer.

1898
É posto em disponibilidade, no dia 1 de janeiro, em virtude da reforma no Ministério da Viação. Volta ao Ministério, como secretário do Ministro Severino Vieira. Exerce depois as mesmas funcões com Epitácio Pessoa e Alfredo Maia.

1899
Publica Dom Casmurro (romance) e Páginas Recolhidas (contos, ensaios, teatro).

1901
Publica Poesias Completas.

1902
Volta à atividade, em 18 de novembro, como diretor da Secretaria da Indústria, no Ministério da Viação. É transferido, a 18 de dezembro, para diretor-geral de Contabilidade do mesmo Ministério.

1904
Publica Esaú e Jacob (romance). Segue em janeiro para Friburgo, com a esposa enferma. A 20 de outubro morre Carolina, dias antes de completarem 35 anos de casados.

1906
Publica Relíquias de Casa Velha (contos, crítica, teatro).

1908
Publica Memorial de Aires (romance). Entra, a 1 de junho, em licença para tratamento de saúde. Na madrugada de 29 de setembro, as 3 h. 20 m, morre em sua casa, a Rua Cosme Velho, 18; é enterrado, segundo determinação sua, na sepultura de Carolina, jazigo perpétuo 1359, Cemitério de São João Batista.